segunda-feira, 27 de junho de 2011

Mortadela X Peru

A RIDÍCULA ARTE DE COMER MORTADELA E ARROTAR PERU.


"Nunca se ache demais, pois tudo o que é demais sobra, tudo o que sobra é resto e tudo o que é resto vai para o lixo".


Infelizmente não são poucas as pessoas que por algum motivo, seja ele arrogância, empáfia, soberba, presunção, ou mesmo falta do que fazer insistem em parecer melhores do que as outras.
Cabe aqui  a aplicação da famosa expressão “Comer mortadela e arrotar peru”. Gostaria de salientar que prefiro mil vezes comer uma boa mortadela à carne seca e sem graça desta pobre ave natalina, por mais que a mesma esteja regada a um bom vinho.
Mas vamos voltar ao assunto em questão. Pessoas arrotando peru com bafo de mortadela enrustida é o que não falta neste mundo, e nem precisa ir muito longe, pois o  mundo ao qual me refiro pode ser o círculo social em que estamos inseridos.
E para piorar ainda mais a situação, os tais arrotadores olham para nós como se fossemos flagelados da pior catástrofe mundial, merecedores de compaixão e piedade por parte delas.
Se não nos conhecem perguntam logo o carro que temos e onde moramos, quando passam a nos conhecer e descobrem que na nossa garagem não existe nenhuma BMW, Mercedes, ou uma simples Ferrari demonstram total decepção, pois perderam seu precioso tempo falando com um ser inferior e desprovido de recursos financeiros. Isso sem contar com o endereço que divulgamos e que está bem longe de ser em um bairro nobre, uma ilha paradisíaca, ou coisa do tipo.
A grande verdade é que muitas vezes, os tais “arrotadores” possuem bens materiais que se somados os classificariam nas classes W, X, Y, ou Z, mas a soberba é tanta que se portam como se fossem da A ou no máximo B. Vale ressaltar que acho uma tremenda bobagem esta distinção de classe social, na verdade isso não passa de mais uma forma que a sociedade, encontrou para escancarar ainda mais a desigualdade social.    
Enfim aos que arrotam peru deixo aqui o meu recado, tenho posses que não se igualam as suas na verdade ultrapassam, pois não se limitam ao material. Não me preocupo se a sua roupa é de marca, tampouco se a sua conta bancária é gorda ou de fachada, me preocupo sim é com aquilo que você carrega dentro de você, ou seja, a sua essência. Preocupo-me com o ser e não com o ter, longe de ser hipócrita, pois tenho real noção do mundo em que vivemos.
Seja muito bem-vindo(a) a minha casa, ao meu carro, a minha vida, mas antes permita que  eu sinta o aroma de mortadela que você teima em dizer que é Peru.

By  (Lú Soares)-minha prima escritora...

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